segunda-feira, abril 03, 2006

in-propria na arte

Há dias estava numa loja de animais quando, ao meu lado, surge um senhor, já de uma certa idade, a segurar uma gaiola com um canário amarelo que parecia assustado e tinha um aspecto meio despenteado, como se tivesse acabado de acordar.
Muito educadamente, o senhor dirige-se a um funcionário da loja e, apontando para dentro da gaiola, diz-lhe, com ar indignado, o cavalheiro não canta!
Prontamente o funcionário disse-lhe que ia tratar do assunto. Sim, tinham que ser tomadas medidas porque tratava-se de uma grande burla! O aspecto do burlão é mais ou menos este...




O que aconteceu a seguir ninguém sabe…
Será que levaram o burlão para uma sala de interrogatórios? Será que foi colocado na solitária? Na ala dos desordeiros? E o sucessor? Terão feito uma audição até encontrar um cavalheiro que cante?

Imagino a vontade de cantar quando se está condenado a viver sozinho, entre grades, e cuja única actividade se resume a dois saltos à frente, dois saltos atrás, dois saltos à frente, dois saltos atrás...
Querem arte?! Libertem o artista!

domingo, abril 02, 2006

in-propria com um mito

Por mais concertos a que uma pessoa vá, fica sempre com a sensação que falta qualquer coisa…ou é a musica que tem fraca qualidade, ou é o espaço que não é grande coisa, ou então falta carisma ao artista.
A pensar nisso, essa tão afamada casa, sempre bem frequentada – o Maxime – convidou, em boa hora, o mestre do espectáculo, o Grande Cid.
Ali viveram-se momentos inesquecíveis, de uma tão grande emoção que, por mais que se escreva acerca do assunto, será sempre difícil traduzir por palavras…
















Nunca é demais recordar…

Cai neve em Nova Iorque
Há sol no meu país
Faz-me falta Lisboa
Pra me sentir feliz…

ou

Vem viver a vida, amor
Que o tempo que passou
Não volta não
Sonhos que o tempo apagou
Mas para nós ficou
Esta canção...

Foi tão bom que até parecia mentira…
Obrigada José!