quarta-feira, setembro 20, 2006

in-propria com a filosofia

Há dias acordei e imediatamente fui invadida pelas questões que mais atormentam a maior parte das pessoas: Dão chuva p' hoje? Que filme vai o Expresso oferecer no próximo sábado? O que é que hei-de fazer p' jantar?
A pensar nisso, fui ao talho e quando lá cheguei estava apenas uma cliente, que terminava o seu pedido. Como é seu hábito, o dono do talho pergunta
Então, o que é que vai ser hoje?
Estou indecisa...não sei…
desabafei
Isso não temos; aqui só se vende carne! disse ele
Pois…aqui não se vendem certezas, não é?! – disse eu
Claro está que olhámos uns para os outros e rimos. Que mais poderíamos nós fazer?! Ali, entre picanhas e maminhas, moelas e pipis, percebemos a mais aterradora das verdades: as tais certezas são muito difíceis de encontrar, e desta vez nem as páginas amarelas nem o jornal ocasião nos iriam valer!
…certezas, certezas, só existiam duas: eu iria fazer entrecosto para o jantar e a outra cliente costeletas!

Isto tudo pôs-me a pensar que, afinal de contas, a filosofia é como Deus – está em todo o lado… é preciso é estar atento…