in-propria na arte
Há dias estava numa loja de animais quando, ao meu lado, surge um senhor, já de uma certa idade, a segurar uma gaiola com um canário amarelo que parecia assustado e tinha um aspecto meio despenteado, como se tivesse acabado de acordar.
Muito educadamente, o senhor dirige-se a um funcionário da loja e, apontando para dentro da gaiola, diz-lhe, com ar indignado, o cavalheiro não canta!
Prontamente o funcionário disse-lhe que ia tratar do assunto. Sim, tinham que ser tomadas medidas porque tratava-se de uma grande burla! O aspecto do burlão é mais ou menos este...
Muito educadamente, o senhor dirige-se a um funcionário da loja e, apontando para dentro da gaiola, diz-lhe, com ar indignado, o cavalheiro não canta!
Prontamente o funcionário disse-lhe que ia tratar do assunto. Sim, tinham que ser tomadas medidas porque tratava-se de uma grande burla! O aspecto do burlão é mais ou menos este...
O que aconteceu a seguir ninguém sabe…
Será que levaram o burlão para uma sala de interrogatórios? Será que foi colocado na solitária? Na ala dos desordeiros? E o sucessor? Terão feito uma audição até encontrar um cavalheiro que cante?
Imagino a vontade de cantar quando se está condenado a viver sozinho, entre grades, e cuja única actividade se resume a dois saltos à frente, dois saltos atrás, dois saltos à frente, dois saltos atrás...
Querem arte?! Libertem o artista!
1 Comments:
Pois que podemos ser surpreendidos e magoarmos quando isso é a última coisa que nos passa pela cabeça. Pensava que tudo era mais fácil no reino dos animais, mas lá vêm os humanos pôr a sua dedada. Enfim, não há cu que aguente!
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